Quando em Arouca nos debatíamos com temperaturas negativas, e a neve, habitual na Freita, resolveu descer à vila durante algum tempo, Lisboa tiritava horrivelmente, lançando lamentos «snobs» contra os seus 2ºC. Do outro lado do telefone dizem que o Porto parou para ver a neve, que passou por lá antes de nos visitar. Penso, momentaneamente, que, se calhar, não somos nós os «parolos», porque, afinal, somos brindados pela natureza com belezas que fazem inveja a vários conjuntos de «caixotes» envoltos em fumo e ruído.
Misturando tudo, e porque achavam que, se calhar, a «capital cosmopolita» estava pouco animada, um grupo de «malta» resolveu «agitar as águas», viajando no Metro sem calças. Segundo consta, parece que, em tempos, também promoveram uma «mega-guerra» de almofadas. O «povo», esse dividia-se. Uns, parece que achavam que as cuecas de alguns não eram lá muito bonitas. Outros, «diz que» achavam que era um escândalo. Os comentários eram vários e a indiferença, tudo indica, não existiu.
A brincar a brincar, fiquei a pensar no assunto. Pelo que pude perceber, não se tratando explicitamente de um protesto, não deixou de o ser. Pensei (não muito, porque isso normalmente é reservado a quem o sabe fazer), e tive uma ideia (coisa rara e a ter cuidado com). Duas das bandas filarmónicas do concelho estão a procurar soluções para financiarem a compra de uniformes novos. Se calhar não seria mal pensado combinarem, um dia destes, uma entrada sem calças. A ver se quem de direito (e todos os outros, que talvez não sejam tão «de direito») pode dar uma ajudinha a esta «malta».
(Pode ver o vídeo do Jornal de Notícias se clicar na foto. Divirta-se.)