21 de Fevereiro de 2021 – A escrita açucarada de Jorge Amado

Estava com saudades da escrita açucarada e descontraída de Jorge Amado. Por isso, decidi mergulhar em ‘Tieta do Agreste, Pastora de Cabras, ou A Volta da Filha Pródiga’. Segundo o autor, um ‘melodramático folhetim em cinco episódios e comovente epílogo, emoção e suspense’. Lembro-me de Tieta e suas personagens, de carne e osso, da novela de 1989. Na altura, nós ainda pequenos, e todo um enredo a transbordar sensualidade, calor de corpos, pudor e uma certa hipocrisia em manter tabu sobre algo que nos é intrínseco. ‘Que belo pé de buceteiro’, disse Bafo de Bode ao ver Tieta. Era. A ‘Globo’ fazia questão de cumprir à risca o papel de tornar vivo o imaginário em torno das histórias de Jorge Amado. Logo o início do livro (ainda volumoso) é de uma delícia quase viciante. E aqui vamos nós.

Começo por avisar: não assumo qualquer responsabilidade pela exatidão dos fatos, não ponho a mão no fogo, só um louco o faria. Não apenas por serem decorridos mais de dez anos mas sobretudo porque verdade cada um possui a sua, e no caso em apreço não enxergo perspectiva de meio-termo, de acordo entre as partes.

Jorge Amado – ‘Tieta do Agreste’

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