Como uma pedra lançada à água, o que aconteceu a 11 de Setembro de 2001 acabou por gerar ondas de consequências, que ainda hoje (para sempre?) vivemos. A internet ainda não tinha a força e a omnipresença que tem hoje, mas a televisão já nos permitia irmos acompanhando em directo o que ia acontecendo, e aos pontos de interrogação íamos acrescentando os de exclamação, para, por fim, deixarmos gritar o silêncio das bocas abertas de espanto perante o que estava a acontecer ali mesmo, diante dos nossos olhos, com repercussões que vinham desde aquelas torres a colapsar até às pontas dos nossos dedos. Nos dias seguintes, foram muitas as publicações, nomeadamente revistas e jornais, que fizeram sair edições especiais, com notícias o mais actualizadas possível. Alguns diários fizeram edições de manhã e de tarde, e todos estávamos conscientes de que aquelas páginas iam ser fundamentais para se escrever, um dia, a história do que estava a acontecer. Hoje, avançámos 18 anos. Como alguém escreveu algures, quem nasceu nessa altura, poderá, em Outubro, votar pela primeira vez. Essa geração, se assim lhe podemos chamar, não viveu estes acontecimentos em directo. Essa geração, se assim lhe podemos chamar, na sua larga maioria, não leu, desde que nasceu, um único jornal. Essa geração será responsável por, e sentirá os efeitos de, mais um anel de consequências do que aconteceu a 11 de Setembro de 2001.