12 de Agosto de 2012 – Peregrinos e romeiros de Nossa Senhora do Campo

Regresso a Rossas, com tempo, num dia habitualmente especial. A Senhora do Campo sempre foi motivo para convívio, para nos revermos, para conversarmos. Para voltar a ouvir os discursos das crianças no início da procissão, e verificarmos como estamos perto das mesmas circunstâncias que levaram os peregrinos e romeiros de Nossa Senhora do Campo a dedicar-lhe uma ermida e uma festa de agradecimento. São, normalmente, as crises que nos fazem pedir a quem julgamos ter ajudado a criar isto tudo. E em particular nos cimos dos montes, à Mãe do Messias. Rossas julga dever a essa intervenção divina a sua fertilidade. O facto é que os frutos são coloridos e saborosos, e os campos continuam verdes, ao longo do vale. Rossas sempre teve este condão protector, do qual fugi desde cedo, mas ao qual os meus amigos e a minha família me haviam de voltar a prender, mais tarde. Lembro, frequentemente, a imagem que via da janela do quarto, ao anoitecer, de um relógio num campanário, que parecia andar devagar demais. Curiosamente, tenho algumas saudades, alimentadas pelas grandes amizades entretanto construídas entre os melhores deste povo talentoso e perseverante, a que digo pertencer, por adopção.

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