11 de Agosto de 2012 – Não ganhar e perder

Se houve coisa que o dia de hoje mostrou, embora de formas um pouco distintas, foi a diferença entre não ganhar e perder. Durante a tarde, as atenções viraram-se para a final do torneio olímpico de futebol, em que o Brasil era um vencedor à partida, apesar da história, contra o México. O jogo, todavia, demonstrou o contrário, com os mexicanos a marcarem logo aos 30 segundos, e “matando” o jogo quase no final, com dois golos de Peralta. Durante 90 minutos, o jogo encarregou-se de ir demonstrando quem merecia ganhar e quem merecia perder, e deu que pensar o facto de, dos 18 jogadores que o México levou a Londres, 17 jogarem no campeonato nacional mexicano. A final dos Jogos Olímpicos foi, assim, a antítese do futebol de mercado. Quase ao mesmo tempo, Luisão deixava um árbitro alemão “KO”, durante um amigável de apresentação do Fortuna de Dusseldorf. Golpe de teatro ou não, nada justifica a atitude de um profissional e capitão de equipa de um dos emblemas mais respeitados do mundo. Luisão colocou, assim, o Benfica em termo de comparação com clubes cujas atitudes critica sistematicamente. Pior, o Benfica deu uma imagem um tanto “parola” ao rir-se do sucedido e ao procurar explicações alternativas para o que toda a gente viu. Está aqui a diferença entre perder e não ganhar. O Brasil não ganhou, mas bateu-se justamente. O Benfica perdeu, porque não soube estar.

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