Correm notícias de que foi descoberto um «buraco» nas contas da Madeira. O conceito é «duro», e vai certamente ser muito usado, ou não fosse a Madeira um «jardim», com as devidas metáforas que daí podemos construir. Segundo o «Jornal de Negócios», a ocultação de dívida terá impactos nos défices de 2008 a 2010. Em 2008, de 139,7 milhões de euros (0,08% do PIB), em 2009 de 58,3 milhões de euros (0,03%) e em 2010 915,3 milhões de euros (0,53%). A isto há que acrescentar dívidas não reportadas e encargos com o serviço regional de saúde. Entretanto, Alberto João Jardim vai contornando o «buraco», e prossegue a campanha eleitoral para as eleições regionais, atirando responsabilidades «borda fora», tentando, em vão, que nos esqueçamos que, apesar da «obra» desenvolvida na Madeira, é o presente e são as gerações futuras que ficam comprometidas com uma dívida de que não são responsáveis. E isto ainda vai dar muito que falar.
«Durante as próximas três semanas o ‘rectângulo’ vai estar entretido com mentiras a falar sobre a Madeira».
«Já estamos habituados a isso há trinta e tal anos, porque há muita gente com dor de cotovelo em relação ao povo madeirense. Há 30 e tal anos que há muita gente que fica fula por nós termos feito as coisas a tempo e enquanto era possível fazê-las e eles ficaram a discutir o sexo dos anjos».
«Neste país, que é um país que está decadente, as pessoas que trabalham e fazem obra são atacadas e os inúteis palradores do ‘rectângulo’ são todos eles considerados pessoas importantes ante a gargalhada do povo madeirense».
(Alberto João Jardim, durante uma, em Estreito, na Calheta, zona oeste da ilha)