Fica um sentimento estranho, quando vamos ler as notícias e verificamos que alguém morreu de acidente de viação no sítio onde passámos quatro horas antes. Talvez tenha sido a sorte, o acaso, ou o universo a jogar aos dados, que fez com que tudo se alinhasse para que aquele acontecimento em particular se desse quatro horas depois da minha passagem por ali, e não comigo. Há coisas que não queremos que nos aconteçam, e por isso seguimos pela via que todos seguem. E há coisas que queremos, e por isso não temos qualquer problema em circular em contramão, se for preciso, porque o risco faz parte do processo para atingirmos o objectivo. Isto, em concreto, acabou por acontecer, porque o carro seguia (aparentemente de forma deliberada) em contramão. E quantas vezes, no dia-a-dia, andamos em contramão…