Quando nem tudo vai bem, a nossa tendência é procurar ajuda. De preferência, tão especializada quanto possível. Uma espécie de armazém ou contentor estanque, onde possamos despejar tudo o que nos perturba. Só que esquecemo-nos que, do outro lado, está alguém como nós, que não tem por obrigação ficar com essa carga tóxica assim, sem mais nem menos. E vai ter de encontrar forma de ver-se livre dessa carga. Irvin D. Yalom conta, em «Criaturas de um Dia» o relacionamento que teve, enquanto psicoterapeuta, com alguns dos seus pacientes. O livro assume traços curiosos, porque acaba por dar-nos a conhecer o que passa pela cabeça de quem habitualmente está do outro lado. Vale a pena passar por estas histórias.