Estimado Engenheiro José Sócrates. Eu, pobre português, me penitencio por ser pobre e por ser português. Queria, do fundo do meu mais íntimo resto de consciência, pedir-lhe desculpa por ter contribuído para que fosse escorraçado do nosso país, à beira-mar plantado. Só de muito longe posso imaginar o peso do desterro a que o senhor Engenheiro foi votado, e quase me sinto tentado a pedir-lhe que volte e nos salve. Mas sei que o seu orgulho ferido não o permite, e Portugal inteiro clama, neste vale de lágrimas, contra si próprio, flagelando-se nos emaranhados da crise a que, sem qualquer réstia de culpa sua, está votado. Somos, de facto, um país de gaiatos, tem razão. Não temos o seu espírito cosmopolita, nem o seu vasto saber sobre economia, gestão, obras públicas, engenharia civil, política, filosofia, nem tão pouco o seu saber estar nos mais altos palcos do poder, a sua elegância, o seu porte, a sua facilidade com o verbo. Portugal, na realidade, não é digno de si. Por isso, em nome dos portugueses, creio que devo pedir-lhe perdão. Assim como me parece que fui injusto quando o acusei de mentira, em relação à nossa Via Estruturante. A culpa não terá sido sua, com certeza. Talvez do Doutor Paulo Campos, ou do Engenheiro Mário Lino, ou do Professor António Mendonça, ou de todos eles, mais do Doutor Passos Coelho e do Doutor Paulo Portas. Maus servidores deste país, que nos prometeram as coisas, alto e bom som, e depois se esqueceram. Deve ter sido um equívoco da minha parte. A crise em que estamos, senhor Engenheiro, deve-se a nós mesmos. É a conclusão a que chego. Por isso, como meros aprendizes, como os alunos de filosofia da antiga Grécia, deste rectângulo insignificante, na parte mais ocidental da Europa, clamamos pela sua sabedoria e assertividade, pela sua honestidade e carácter. Precisamos de si, afinal. Volte, senhor Engenheiro, volte sem demora. E perdoe-nos. Não é o senhor Engenheiro que não é digno de nós. É todo um país que não é digno de si.
uaaaauuuu!!
fantástico!
eu nem posso acreditar!.
Tenho a certeza, que se ele estivesse a falar num jardim infantil, teria sido insultado! mas grosseiramente!!
falar assim de crianças! ora essa! que falta de respeito.
Contudo, ficamos a saber que este senhor;
-tem uma visão
– que estudou(é ele que o diz)
-que as dividas são eternas(tb estudou)
-que as ditas não se devem deixar crescer muito!!!!
– que o país precisa de financiamento para a modernização!!
ainda dizem os amigos dele que o político assume-se!!
F***-se, está a fazer de mim parvo!?
ainda bem que fugiu….
um abraço
inquieto
Meu Amigo (se é que o és…como diz um nosso douto conhecido)
São Malhas que o Império Tece…Após a Abrilada houve uma sigla emblemática:MRPP – significava inicialmente: Marcelo Rua, P…q Pariu! e passados estes anos todos, e já o dito entregou a alma ao Criador, – MRPP!
– Marcelo Regressa q o Povo Perdoa…e não perdoo o roubo do 13º dado pelo Marcelo ainda tantos de vós não eram sequer projecto de vida…
Mal por mal, que volte o Pombal.