Eles tinham-se conhecido melhor alguns dias antes. Com gestos e palavras irreflectidas, ele tinha-se afastado, mas as circunstâncias eram mais fortes, e, naquele dia, ou melhor, naquela noite, a determinada altura, ficaram sozinhos. Foram caminhando, conversando, sorrindo, descobrindo, pouco a pouco, que talvez houvesse mais do que os unisse do que separasse. A noite apenas começava, como algo mais. Um caminho comum, que as estrelas, acima deles, pareciam traçar. Ele, levado pelo coração, pergunta-lhe: «queres ser minha namorada?» Ela sorri, diz que sim. Há um beijo, um abraço, prolongados, as mãos que se dão. Foi mais ou menos assim que tudo começou.
«Zorro» | Luís Represas & João Gil
«Zorro» | Luís Represas & João Gil