O congresso do PS, a determinada altura, assemelha-se à forma como se celebrava a missa antigamente. O celebrante, de costas para o povo, reza, fervorosa e piamente, em latim, língua nobre, e assim conduz o fiel «rebanho» do seu povo às «águas refrescantes». Por outro lado, também assistimos à elevação de José Sócrates a «mártir», que no «altar do sacrifício», se oferece em redenção. O cenário já não é rosa. As bandeiras já não são do PS. O cenário é televisivo, e as bandeiras de Portugal. Porque o que é importante é que os fiéis sintam a «química da oração». O país não precisa de espectáculo televisivo. Disso tem até a mais. O país precisa de tudo o que possa conduzir à seriedade, à cultura, à elevação. Com «missas» destas, corremos o risco de, a prazo, continuarmos, salutarmente, «hereges».