Hoje, pudemos ver, na RTP2, um retrato em filme de Beethoven. É sempre interessante ver um pouco dos génios a três dimensões, ao vivo e a cores, mesmo que nem tudo o que vemos seja verdade, e mesmo que nem todas as verdades que vemos sejam as que gostaríamos que fossem. Os retratos dos grandes génios da música são sempre dramáticos. Com a inspiração sempre a romper as barreiras do estabelecido, com a incompreensão a temperar as vidas com alguns laivos de miséria, com a arte a funcionar maioritariamente como acessório, e não como testemunho de uma história que haveria de ser escrita. Hoje, passados vários séculos, não é assim tão diferente. É só uma questão de juntarmos aos génios aqueles que (ainda) vão lutando em sua defesa. E o filme, é mais ou menos o mesmo.