É de 2016, o texto publicado no ‘El País’, mas parece ganhar nova actualidade, sobretudo no contexto em que vivemos. As artes, as ciências sociais, as humanidades, como chamamos a estas áreas, só servem para produzir inúteis e inutilidades. Um filósofo, um historiador de arte, o que produzem, efectivamente? Que riqueza trazem para a economia estes desligados do processo produtivo? É que, na realidade, estas disciplinas são úteis para o inútil, o que as torna duplamente inúteis. Podemos viver sem arte, sem artistas, está mais ou menos comprovado. Não podemos é viver sem dinheiro. Vale a pena ler o texto na íntegra, aqui. E tudo isto é uma tremenda ironia.