Às vezes, descobrimos as coisas mais preciosas quase por acaso. E, nessa altura, guardamos o tesouro, de forma suficientemente secreta para podermos, sempre que queiramos, ir lá espreitar. Ainda há tesouros, ainda há, mais não seja, a capacidade de nos surpreendermos. E as preciosidades que descobrimos servem, precisamente, para nos lembrarmos de não nos esquecermos. De não nos esquecermos de nós. De não nos esquecermos de nos darmos. De não nos esquecermos de ver, olhar, observar. Mas também ouvir, dizer. De não nos esquecermos.