Está na lista de coisas a fazer regressar leitura (ou recomeçar) de ‘Tubarão 2000′, de António Victorino d’Almeida. Tive a fantástica oportunidade de privar duas vezes com o Maestro, uma delas num longo e muito animado jantar em Arouca, outra na preparação de apresentações de uma das suas sinfonias. Bom, na realidade, algumas mais, se a leitura de ‘Coca-cola Killer’ também contar. E foi por isso que mesmo que, mais vale tarde do que nunca, resolvi lançar-me, mesmo que lentamente, na (re)descoberta das aventuras de Marcelino Bandeira Fagundes da Gama, distinto representante diplomático da nação, a quem se tudo não acontece, deveria ter acontecido. Cidadão de correcção exemplar, cumpridor de todos os seus deveres e mais alguns, profundamente alérgico ao povo, não pára de nos fazer rir e pensar no quão ridículo pode ser estarmos em determinadas situações que, se podem piorar, pioram mesmo. A ler e a descobrir.
De Lisboa, com viagens e estadias pagas por várias entidades oficiais, veio uma animada comitiva de trinta e nove pessoas, mas só oito estiveram na projecção, devido a enxaquecas, telefonemas urgentes e confusões de fusos horários que retiveram as outras nos hotéis, fora as que se enganaram nas ruas e deram por si na plateia de outros espectáculos.
António Victorino d’Almeida – ‘Tubarão 2000’