Há quem diga que a nossa casa é onde o nosso coração está. Mas de uma coisa não conseguimos fugir: a raiz. Ainda assim, sim. Talvez. Talvez a casa seja onde o coração está, ou onde tem de estar. O lugar onde regressamos, ao fim do dia, ao fim de contas. Onde voltamos a sentir tudo o que sentimos durante o dia, desfiando essas contas diárias, em balanços imaginários de deve e haver, como se fôssemos guarda-livros da vida. Depois, apurado o saldo, projecta-se o dia seguinte. Talvez já de olhos fechados, à procura de um sonho qualquer, que nos confirme que a nossa casa é ali. Onde o coração está. Mesmo que a raiz esteja mais longe. Ramificamos ali. Até ver.