Normalmente, os filmes que têm a música como tema de fundo pecam sempre pelo exagero. Há aqueles que mostram os músicos como super-homens, que do nada fazem coisas espectaculares e que, mesmo nas situações mais adversas, conseguem, sem qualquer preparação, demonstrar um virtuosismo incomparável. São os mais frequentes. Depois, há os que são mais parecidos com o recente “Whiplash”, que, segundo parece, até é candidato a alguns Oscars. “Whiplash” conta a história de um baterista de jazz que quer ser o melhor de sempre. Para tal, contrariamente à ideia habitualmente construída em torno dos músicos, estuda até aos ossos (literalmente), ao ponto de entrar numa espiral depressiva. Se antes tínhamos o oito, agora parece termos o oitenta. Vale a pena ver, para servir de referência. Nada mais.