Acabei de ver, com a força de quase não conseguir deixar de olhar, no muro do jardim, o corpo de uma mulher, curvado sobre um livro. E foi curioso, pensar que era como se o livro estivesse a puxar o corpo. Para outro lugar. Para outro mundo. Foi curioso ver que, mesmo sem dar conta, o físico estava a denunciar o que, realmente, estava a acontecer. É isto que os livros fazem. Mesmo que, à volta, esteja a acontecer o apocalipse. É esta a magia do livro. A de nos fazer curvar, até conseguirmos entrar na porta que abre. Página após página.