Hoje conseguimos a façanha de sair deste espacinho guardado entre as montanhas, para irmos e regressarmos de Lisboa no mesmo dia. Pode parecer pouco para muitos, mas para quem é de Arouca, é uma verdadeira aventura. Porque ainda estamos longe de muita coisa. Fomos com o intuito de participar no famoso “Quiz” literário, das livrarias Bertrand. Tinham-nos prometido que as perguntas iam ser mais acessíveis, mas não foi bem isso que aconteceu. Os questionários eram, de facto, para quase especialistas, e não para meros curiosos que sabem umas coisas do (pouco) que já leram. Levámos, portanto, uma “cabazada”, como se diz na gíria desportiva. E veio-me à memória uma frase ouvida há uns anos atrás. Posso ser o melhor da minha aldeia, mas quando saio, comparo-me com os melhores da aldeia deles. E nem sempre ser-se o melhor da sua aldeia é ser-se o melhor do mundo. Depois disto, regresso a casa, para continuar a ler “Alegrias e tristezas do Trabalho”, de Alain de Botton. Uma espécie de terapia, para diminuir o peso da “cabazada”.