Resisto, sempre e até onde posso, tanto à medicação como às visitas ao médico. Talvez porque, praticamente, cresci no mesmo hospital onde nasci, rodeado dessas pessoas com poderes absolutamente mágicos, que são os médicos e os enfermeiros. Na altura, também o senhor António, que tirava radiografias, era um bocadinho mágico, mas sem bata. Mas, voltando à resistência, hoje não foi possível resistir mais. Depois de um dia longo, as costas deram de si, e foi mesmo preciso ver o que se passava. Os termos médicos são sempre estranhos, mas lembrei-me de ver do que se tratava. Então, chegámos à conclusão que é uma coisa chamada «bursite». Basicamente, segundo li, trata-se de uma «inflamação com dor de uma bolsa (um saco achatado que contém líquido sinovial e que facilita o movimento normal de algumas articulações e músculos, reduzindo a fricção), [normalmente] onde há tendões ou músculos que passam por cima do osso. Embora uma bolsa geralmente contenha muito pouco líquido, no caso de se lesionar pode inflamar-se e encher-se de líquido». E é isto. Um anti-inflamatório e uma coisa linda chamada «emplastro», em doses diárias. Amanhã, aulas e prova de direcção coral. A ver se a «bursite» faz alguns compassos de espera.
Valium e piscinas 3 vezes por semana são a minha receita para isso