Sabemos bem o quanto a imagem hoje é tudo. O «design» é a «ciência» da moda. É, pelo menos, nesse sentido, também, que os jornais e as publicações jornalísticas (mesmo as online) têm caminhado. Sobra, no entanto, uma questão. De que adianta termos novas roupagens se todo o resto do processo (e mesmo do conteúdo) se mantém tradicional? É que, para além de tudo isto, hoje o paradigma da comunicação é um pouco diferente. Todos podemos produzir e aceder a informações praticamente em tempo real, e o repto ao cidadão/repórter é cada vez maior. É por isso que Juan Senor, vice-presidente da «Innovation International Media Consulting Group», afirma que as notícias não podem ser apenas isso mesmo. Têm de ir mais longe, têm de ter profundidade, têm de ser completas, têm de se transformar (um pouco ao estilo já praticado na América) em histórias. E, para tal, diz Senor, não nos bastam jornalistas, precisamos de jor(a)nalistas. Só que, da forma que está o mercado de trabalho e a formação destes profissionais, o caminho a percorrer vai ser, certamente, longo. Demasiado longo.