Para os de ilusão fácil, ser autarca, hoje, é sinónimo de algum (bastante) poder. Cada vez mais são entregues mais competências às autarquias, que vão ficando, também cada vez mais, responsáveis pela gestão dos equipamentos que se vão desenvolvendo no seu território. Tornam-se figuras públicas com alguma facilidade, e tendem a ascender na hierarquia política, para atingirem, frequentemente, patamares invejáveis. Fernando Gomes, que passou pelo Governo «de raspão», é hoje gestor de topo da Galp. É um exemplo de sucesso. Isaltino Morais, agora condenado a prisão efectiva, era conhecido pelo facto de a sua autarquia e a sua gestão serem, pelo menos até agora, modelos. É um exemplo de insucesso. Mas a lista de autarcas a braços com a justiça não é tão curta quanto se possa pensar. Este caso veio apenas reavivar a memória de outros, como o da absolvição recente de Fátima Felgueiras ou do recurso que ainda decorre de Valentim Loureiro. A lista de crimes vai do peculato à falsificação de documentos e da prevaricação ao abuso de poder, corrupção activa e/ou passiva, etc. Uns acabaram absolvidos, outros aguardam resultado do recurso, outros foram, de facto, condenados. Os nomes conhecidos até agora não andam longe desta lista:
Isaltino Morais (Oeiras)
Valentim Loureiro (Gondomar)
Mesquita Machado (Braga)
João Rocha (Vagos)
Luís Gabriel Rodrigues (Santa Cruz)
Avelino Ferreira Torres (Marco de Canaveses)
Fátima Felgueiras (Felgueiras)
António Cerqueira (Vila Verde)
Mário Pedra (Valença)
Abílio Curto (Guarda)
Luís Monterroso (Nazaré)
Júlio Santos (Celorico da Beira)
António Lobo (Ponta do Sol)
É uma lista de verdadeiros anjinhos. Nenhum deles fez nada de errado. Tudo o que dizem e fazem é para o bem do povo em geral.
Por isso é que o país está como está…
Nem com a lista à frente o povo aprende…
Cada vez mais me convenço que temos o país que temos, porque assim o queremos.
Para ti amigo, o abraço do costume…
Fica bem