Hoje foi aprovada uma alteração de fundo no que diz respeito ao financiamento dos partidos políticos. Num gesto de «auto-regulação», em debates tidos «à porta fechada» e em votações «relâmpago», não só se aprovou o aumento da comparticipação do Estado como se atingiu o acordo quanto a um novo valor máximo para as ofertas em dinheiro (não declaradas nem documentadas), traduzido num aumento de mais de um milhão de euros. Quando se fala em crise e em contenção nas campanhas eleitorias, num ano em que as eleições vão custar aos cofres do Estado cerca de 100 milhões de euros, esta notícia destoa. Talvez seja altura de os partidos repensarem as suas formas de diálogo, de abandonarem as formas cada vez mais «kitsch», pesadas e logisticamente complicadas de fazerem campanhas. Precisamos de novas formas de fazer política, sob pena de aumentarmos o, já de si, enorme descrédito que paira sobre quem nos representa.
Destoar é pouco! Em tempo de contenção de despesas e crise, isto é um escândalo.
Proponho que os vários candidatos andem, de norte a sul do país, em sandálias a vender o seu peixe.
Se alguém lhes abrir a porta e lhes oferecer um copo de água, já têm muita sorte!
Já chega de brincar com o “Zé Povinho”. Está na altura de sentirem o que é estar do lado de cá…
Quanto a ti, desejo saúde da boa.