Paulo de Tarso nasceu há cerca de 2000 anos. Nietzsche considerou-o o verdadeiro fundador do cristianismo. Saulo, que se converteu em Paulo, um dos homens mais cultos do seu tempo, passou de perseguidor dos cristãos a principal pregador. Tudo isto se desencadeou a partir da experiência do contacto com Jesus Cristo, que o fez levar a mensagem a todo o Mediterrâneo, a Atenas e Roma, onde morreu, como mártir, pela mão do Imperador Nero.
Hoje, nas igrejas de todo o mundo, quando se celebra o Ano Paulino, foi lido um excerto da primeira carta de Paulo à comunidade de Corinto, cujas palavras são perfeitamente actuais, confrontando a comunidade cristã com o mundo que a rodeia, interrogando-a, convidando-a a reflectir, com poucas e sábias palavras:
«O que tenho a dizer-vos, irmãos,
é que o tempo é breve.
Doravante,
os que têm esposas procedam como se as não tivessem;
os que choram, como se não chorassem;
os que andam alegres, como se não andassem;
os que compram, como se não possuíssem;
os que utilizam este mundo, como se realmente não o utilizassem.
De facto, o cenário deste mundo é passageiro».