3 de Dezembro de 2019 – Se é bom, fui eu que fiz. Se é mau, a culpa é do outro

O Ministro da Educação, por querer ou sem querer, deu hoje um mau exemplo, na sua forma de estar na política, ao culpar o seu antecessor pelos maus resultados, nas ciências e na leitura, no PISA (Programme for International Student Assessment). Este velho costume português de termos de dizer mal dos outros para que digam bem de nós já não surte o efeito pretendido. Se pensarmos bem, facilmente chegamos à conclusão de que é fácil contornar estatísticas, fabricá-las até. E que os números valem o que valem, e ficam muito aquém da realidade, essa sim, todos os dias vivida na carne de cada um. Colocar as culpas em outros é um atestado de incompetência a quem o faz. Um ministro é, por definição, um servidor do povo. Serve mal quando, em vez de agir no presente e projectar o futuro, continua a caminhar para a frente olhando para trás. Serve mal quando apresenta desculpas, em vez de apresentar factos. Serve mal quando não assume a responsabilidade que lhe compete assumir.

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