Não há muito tempo, o jornal ‘I’ publicou um texto com um alerta que parece não ter alertado ninguém, mas cuja gravidade é, no mínimo, alarmante. Comecemos pelo princípio. Todos nos lembramos bem, até porque, se não nos lembrássemos, as nossas carteiras lembrar-nos-iam todos os meses, do colapso de alguns bancos nacionais. Pois bem, as ajudas concedidas para recuperação dessas instituições dariam para construir 27 pontes Vasco da Gama, 157 hospitais ou cobrir os custos de dois anos da electricidade de nossas casas, ou ainda, se olharmos só para os valores investidos no BPN pagavam 291 alas do São João para crianças com cancro. Pois bem, as sirenes soaram de novo. Mais de metade dos bancos mundiais estão fragilizados, e, em caso de abalo, afundarão. Mal a coisa acalmou, toda a gente correu ao crédito, confiantes que ‘depois vê-se’. E… pronto, de facto, depois vê-se. Pode é não ser coisa boa.
Em relação à nova crise que possa surgir, o responsável garante que “será 20 vezes mais danosa” que a do subprime, crise desencadeada em 2007 que começou nos Estados Unidos e rapidamente alastrou por toda a Europa – e dá dois motivos para isso: “os montantes em questão são claramente superiores e, passado mais de uma década, as coisas acontecem mais rápido devido à tecnologia. Temos quase 15% da dívida mundial com juros negativos – nunca antes visto”, acrescenta.