Quando a música é muito boa, não é preciso ter ouvido treinado para senti-la. Aliás, parte da magia da música reside precisamente aí, no facto de transcender largamente o que se ouve. Uma das peças que vale a pena ouvir com ouvidos de ouvir é a «Messe Solennelle», de Louis Vierne, para dois órgãos e coro. Aqui apresentada de um ponto de vista diferente, a partir do órgão de Daniel Roth. E, de resto, é melhor não dizer mais nada, e apenas «ouver».