Pode não parecer verdade, mas é. Esta fotografia foi tirada a dois passos da vila de Arouca. No lugar da Cabreira, há um pequeno passadiço sobre o rio, onde as águas correntes se fazem ouvir. Arouca foi, ao longo do tempo, fugindo e encontrando os rios que a atravessam, nem sempre tratando essas águas da melhor forma. Nem sempre deixando à natureza a liberdade que lhe assiste. Pode não parecer verdade, mas, se quisermos, este bocadinho pode muito bem ser parte dessa acalmia, dessa paragem no tempo que, de vez em quando, precisamos. Pode muito bem ser a margem onde precisamos de parar, para ver o tempo correr com as águas. Ora mais depressa, ora mais devagar. Correndo. Sem que nos preocupemos com as pedras que se encontram no caminho. Na certeza que, do Agualva, ao Marialva, ao Arda, e pelo caminho fora, o destino é só um. O mar.