Paulo Portas parece ter fechado a porta por fora. Depois de um caminho iniciado na Oposição, em que Arouca parecia ser uma prioridade, a ponto de ser referência num debate eleitoral, como exemplo de uma injustiça a reparar, quando Governo, Portas trancou-se. O discurso habitual de que, quando se chega, se verifica que o problema era maior do que se dizia, e que o que se tinha prometido, afinal, já não vale, voltou a ser ouvido. Ou melhor, pior do que isso, nem isso se ouviu. Hoje, Portas disse que é essencial combater o desânimo nacional. Disse-o, talvez, com o olhar virado para fora, de costas para a porta que fechou a Arouca. A porta que disse que iria abrir. A porta para uma ligação condigna ao Litoral, que continua por abrir. Portas fechou a porta a Arouca. De forma natural. Depois de os arouquenses lhe terem confiado uma vitória. Pequena talvez, mas nunca antes atingida pelo partido que lidera. Hoje, de porta fechada, sai. Voltará?