A vida é assim, porque é a única em que podemos escolher viver. O sítio onde estamos, é que pode ser certo, mas a hora errada. Ou o sítio errado, na hora certa. Ou. Que o diga a jovem indiana que morreu “pacificamente”, depois de uma violação repetida e bárbara, seguida de um abandono à morte lenta e dolorosa. Que o diga a jovem Aline Ramos, que morreu porque uma bala perdida, num tiroteio entre a polícia do Rio de Janeiro e um grupo de traficantes, a atingiu no taxi onde seguia. A vida é assim. Quando quer, tanto nos consome lentamente, de forma dolorosa, por vezes. Como nos pára, de repente, com uma bala perdida. E nem sempre sabemos sítio nem hora, certo ou errado.