São como recortes da memória, destes dias passados em terra de património da humanidade. Ávila foi-se descobrindo, foi-se deixando descobrir. Aqui. Terra de Santa Teresa, mas também de Tomas Luis de Victoria. Sentimos que, apesar da distância, estamos perto. Mesmo no tempo. O mesmo tempo que aprisionamos nos retratos, às vezes vorazes, tentando aprisionar a realidade. Sabia bem esvaziar tudo, até ao silêncio. Até à solidão mais profunda. Até a muralha de tudo se fechar sobre nós. Mas, mesmo que fizéssemos isso, havia sempre o sol, lá em cima. Para onde não olhamos, porque demasiado distraídos com o de cá de baixo. Esquecendo que ele, aconteça o que acontecer, está sempre lá. Quanto mais não seja, a dourar a muralha.