A vida é feita de encontros e despedidas, está escrito em muitos lados. Como uma espécie de estação, em que há sempre gente a ir e a vir, a regressar, a partir, enfim. Hoje, foi dia de assinalar essa característica da vida, que a memória não deixa prevalecer. O padre José Paulo Teixeira foi chamado a outras funções, e deixará as suas comunidades serranas de Arouca. Digo serranas sem qualquer desprimor, antes pelo contrário, até porque, como se já não soubesse, o relembrei hoje, ao subir a Albergaria da Serra para a Eucaristia das 8:30. Em dia de festa, o padre Paulo dizia adeus aos seus paroquianos, fazendo um pequeno balanço do (muito) que todos crescemos com a sua passagem por esta estação, mas também abriu o coração para nos demonstrar que não somos todos perfeitos, muito menos porque nos despedimos, com saudade. Há o futuro, e esta fotografia, que encontrei na internet e não perdi tempo em roubar, trouxe-me à memória isso mesmo. Estamos aqui, mas os que estão longe podem estar, em qualquer momento, connosco. Porque os podemos ter connosco sempre que queiramos. Aqui, neste retrato, reencontrei o meu colega de faculdade, padre José Manuel Lima, que muito me marcou também, pelo seu exemplo missionário e pleno de simplicidade. Dois homens de Deus, que nos provam (ou pelo menos a mim) que há um sentido. E esse, é para a frente.