27 de Janeiro de 2012 – O que se pode fazer com uma licenciatura em Música

É uma das questões que normalmente se faz a quem estuda música: para que é que serve a licenciatura? Isto quando não perguntam aos músicos o que é que realmente fazem para viver, porque «músico» não rima com «profissão». Há um gráfico, que circula pela internet, que explica, «cientificamente», o que é que se pode fazer com o «canudo». Podemos ensinar um pouco, tocar menos um pouco, compor residualmente, e, basicamente, morrer na pobreza. O grande desafio, portanto, vai ser explorar muito bem essa pequena percentagem que consiste nisso tudo, que não o «morrer na pobreza», e rentabilizar ao máximo. Para que, depois de morrer na pobreza, se possa deixar qualquer coisa para que nos reconheçam. É o que costuma acontecer aos artistas.

3 thoughts on “27 de Janeiro de 2012 – O que se pode fazer com uma licenciatura em Música

  1. Meu caro IVO
    Com um Canudo desses vais até onde quiseres e te ajudarem As Musas, o Engenho e a Arte
    Do que acima escreveste, não morres na aridez (pobreza) espiritual, de certeza
    Mas da Música á Pintura, Poesia e artes afins…Olha o Van Gogh ficava a dever os pigmentos na drogaria, o Beethoven ou o Mozart e o Fernando Pessoa compunham e escreviam em papel de costaneira ou de mesa de café, o Giacommeti ficava a dever as pilhas pró gravador e passava fome…Veem depois de mortos uns Doutos prestar homenagem e viver por conta do legado…
    Não Te arrependas.—————jt

  2. Ivo,

    podes sempre meter-te na política…
    Os Advogados deveriam de ter um gráfico semelhante e vê lá se não se safam.
    Se também tu fosses para deputado podias fazer uma coisa que eles fazem muito bem que é dar-nos música.
    Fora de brincadeira, acho que o talento e o esforço tarde ou cedo traz recompensas. Tu tens talento, sempre foste trabalhador, vais deixar a tua marca.
    Quanto a todos os exemplos que morreram sem riqueza e alguns sem reconhecimento em vida sequer, será que não morreram felizes??? Pois que a vida não é dinheiro nem tão pouco medalhas mas sim a satisfação de amar o que se faz com ela e tornar a vida dos outros um pouco melhor, no caso dos músicos, com a sua arte.

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