21 de Dezembro de 2011 – As coisas que se vêem ao longe…

É curioso que Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia, tenha precisado de ir ver ao longe para perceber o que se passava quando estava perto. Diz o senhor Europa que a economia portuguesa tem demasiada gente a viver «à sombra do Estado», com «interesses instalados», e, uns e outros, fazem com que as coisas não avancem. Durão já devia ter visto isso ao perto, porque chegou a Primeiro-Ministro, antes de «fugir». E podia e devia ter feito alguma coisa para mudar isso. Mas não, preferiu entregar as rédeas da coisa pública a Sócrates. Agora, como é óbvio, não quis pormenorizar, mas só pelo geral a gente já fica a perceber. Um dos nossos, aproveita que está fora e diz que somos atrasados. Mas o que custa mesmo é ter estigmatismo, e não conseguir ver tão longe. É ter de ver isso tudo ao perto.

«Em alguns sectores da economia há interesses instalados e interesses que resistem à mudança. Beneficiam de acesso especial ao Estado, de garantias que são dadas por uma legislação de protecção, e isso é um dos factores de atraso da economia portuguesa».

(Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia)

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