Como Sísifo, mesmo que, no cimo da montanha, a pedra volte a rolar, há sempre aquele momento de satisfação e realização da chegada ao cimo. Fazemos as contas do deve e do haver do esforço feito. Retemperamos forças. Saboreamos o silêncio. A paisagem. O facto de podermos, mais facilmente, ver tudo. De onde vem, para onde vai, onde está. Há alturas em que é preciso subirmos à montanha dentro de nós. Abrir os braços. Sentir que, se quisermos, podemos ser quem quisermos. Se quisermos ser nós próprios. No abraço apertado daqueles de quem mais gostamos. Hoje. Em dias especiais. Todos os dias.