Há muito mais sobre Charlie Chaplin que um chapéu de coco, um pequeno bigode, bengala e sapatos grandes, pantominas e movimentos rápidos e desastrados ao som do piano. Chaplin era um verdadeiro ídolo das multidões, um «quase herói», venerado e «amassado» pelas massas por todo o lado por onde passava. Neste livro, é quase enternecedora a forma como ficamos a conhecer o homem por trás de Charlot, um homem com as suas idiossincrasias, com os seus medos, com as suas inseguranças, com a sua forma de encarar as relações sociais, com a sua extrema timidez, ao contrário do que pudesse parecer. O livro é quase mágico, quase tão mágico como o cinema parecia ser naqueles tempos. Um verdadeiro diário, em que Chaplin nos conta como, depois de sete anos de trabalho extenuante, pôde, a custo, encontrar o refúgio do anonimato em alguns locais da Europa, continente pelo qual nunca escondeu o seu fascínio. A viagem começa ainda em Los Angeles, e passa por Nova Iorque, Chicago, Londres, Paris e Berlim. Uma outra forma de ver o mundo, pelos olhos de um homem que vale a pena conhecer melhor.