Como na música da «mulher traída», de Ágata, também houve traição no que diz respeito ao que deveríamos saber sobre o que os nossos políticos andam a negociar com a «troika». Sabe-se, agora, que há uma nova versão do documento de entendimento, assinado a 3 de Maio. O texto sofreu alterações, e foi assinado pelo Governo e pela Comissão Europeia, a 17 de Maio, com alterações em prazos e em conteúdo. Há, agora, um compromisso para que Portugal altere a forma de despedimentos, para os agilizar e tornar mais baratos. Há, agora, um compromisso para que as novas regras laborais sejam postas em prática até final de Julho (e não de Setembro, como estava inicialmente previsto). Do Governo, ouvem-se as palavras de circunstância. Havia apenas uma «versão preliminar», que precisava de «aperfeiçoamentos de carácter técnico» e «ajustamentos pontuais» que «resultaram da sua apreciação pelos orgãos decisores das Instituições Internacionais envolvidas neste processo». E Sócrates esconde-nos isto, no seu estudado silêncio.
“”O acerto, como é prática corrente, não introduziu qualquer alteração significativa ao conteúdo do acordo alcançado em Lisboa e na versão apresentada aos partidos da oposição”, garantiu Amadeu Altafaj, o porta-voz para os Assuntos Económicos e Financeiros da CE.”
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