Cada vez mais nos apercebemos de que isto está tudo ligado. A natureza mostrou-se, e pôs a nu as fragilidades humanas, muito para além do que se pensava. Mas não só. Pôs também a nu a irresponsabilidade com que utilizamos os recursos que nos deixaram, e que devemos preservar para as gerações futuras. Bem ou mal, o Japão permitiu que se construísse uma central nuclear em zona sísmica, junto ao mar. As consequências estão aí, e podem ser bem mais devastadoras do que se pensa. Não são só as radiações que podem, consoante o apetite dos ventos, afectar mais ou menos milhares de pessoas. São, sobretudo, as consequências económicas de tudo isto. O impacto que a catástrofe teve nas bolsas de todo o mundo. O impacto que tudo isto irá ter nos consumos de petróleo, a que o Japão vai ter de recorrer como alternativa ao nuclear. Da União Europeia, com as palavras medidas ao pormenor, surgiu a reacção de que estaríamos perante uma situação apocalíptica. Será?