Anunciava-se um grande concerto, e as expectativas não podiam ter sido melhor superadas. O espaço era propício, o enquadramento do concerto não podia ser melhor, e a mestria e limpidez com que os cantores do Coro Casa da Música foram dando a conhecer as obras de Frei Manuel Cardoso e Diogo Dias Melgás encarregaram-se de fazer o resto. Como se não bastasse, Jonathan Ayerst ofereceu-nos magníficas interpretações de Pedro de Araújo, no órgão ibérico. Tudo isto, com Paul Hillier na direcção. Somente um dos maiores especialistas em música antiga do mundo, conhecido pelas suas interpretações únicas e altamente competentes. Arouca teve a sorte única de poder desfrutar de um concerto desta qualidade.