Saramago morreu. Um homem português, que alcançou o que, provavelmente, nenhum outro português alcançará tão cedo. Polémico. Ateu. Controverso. Agitador. À distância, e graças às «intermitências da morte», achamos provinciana a forma como o Governo português de então o «censurou». Hoje, e bem, criticamos. Tal como hoje ele nos prova que tinha razão. Cavaco Silva não se deixou intimidar por essas «intermitências», e não se esquivou das duras críticas de que seria tempo de «enterrar o machado de guerra». Mas, firme de convicções, manteve a sua postura, e não se fez representar no último adeus ao prémio Nobel, que recebeu do Governo, do Estado, do povo português as honras devidas. Mesmo sem o Presidente presente. O tempo dirá se foi provinciano ou se tinha razão, sendo mais provável a primeira hipótese. Mesmo que Cavaco queira passar a ideia que nem a morte o intimida. Embora saibamos que, inevitavelmente, ela também o espera. Talvez uma pequena intermitência tivesse sido preferível.
Em relação à Morte:
É a última etapa do Ciclo Vital, Relógio da Vida
Ou o que quiserem chamar-lhe…
Estamos todos na lista!
Quanto ao Provinciano,
Cada um é como é, mas nunca como evidentemente…
Tal como na filosofia – ciencia com a qual e sem a qual
fica tudo…Tal e Qual!!! – Fui
Ok, o Saramago ganhou um prémio Nobel, ou “Nóbél” como agora dizem (continuo a dizer que a minha professora primária me ensinou que as palavras portuguesas só têm uma sílaba tónica), mas ver um funeral com honras de estado e a bandeira portuguesa em cima do caixão do senhor que renunciou o seu próprio País… e que dizia tão mal do seu próprio País… sinceramente não gostei.