Passado algum tempo de reflexão, e certamente de aturado aconselhamento com os seus excelentes colaboradores da área mediática, José Sócrates voltou a «dar um ar da sua graça», depois de um estranho silêncio, seguido de uma reacção «tosca». Agora, «a todo o gás», Sócrates diz que afinal quem cometeu erros não foi ele, como a Justiça primeiro provou e depois «desprovou». Os que verdadeiramente estão errados são os que contribuiram para que se tornasse público que talvez o Primeiro-Ministro de Portugal não seja bem a mesma pessoa em quem as pessoas (pensam que) votaram. Mas Portugal, o verdadeiro Portugal, o que gostaria de pedir a José Sócrates era que, à parte das birras, e de um aparente excesso de «tiques de poder», na realidade governasse.
«Lamento que todos os partidos, todos sem excepção, não tenham tido o pudor de aproveitar o cometimento de um crime para com esse crime atacarem os seus adversários políticos e atacarem-me a mim em particular. (…) É um crime contra as pessoas e crime contra a justiça. Lamento que não tenha havido um único partido que tenha criticado esse crime, essa violação da lei, esse abuso por parte desses jornalistas. (…) Porque essas escutas como foram consideradas sem relevância criminal regressam ao domínio privado. (…) Mostra que para estes partidos já vale tudo. Isto é que é por em causa o Estado de Direito. (…) Mantenho tudo o que disse no Parlamento. Todos aqueles que referem uma ligação do Governo à PT para a compra de uma estação de televisão estão a faltar à verdade. Nunca o Governo deu nenhuma orientação à PT para comprar nenhuma estação de televisão. (…) O PSD nunca aceita o resultado das eleições. (…) O que o PSD hoje diz não é apenas para me atacar a mim, é para atacar as decisões do senhor Procurador-Geral da República e do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça. (…) Não há nenhum organismo político que se substitua àquilo que são competências da justiça. Se alguns dirigentes do PSD não estão satisfeitos com as decisões judiciárias, cumpre-lhes acatá-las e respeitá-las. (…) É lamentável que um político tenha de lembrar os outros da separação de poderes».
(José Sócrates, Primeiro-Ministro de Portugal, em declarações aos jornalistas, hoje)
Pois é!
Na verdade há muitas coisas a lamentar, senhor PM, diz-me:
Os partidos da oposição, e eu concordo.
Os jornalistas e eu concordo.
Os protagonistas do sistema judicial, e eu também concordo.
mas,
tenho a certeza que o lamento maior, meu e de todos os que vivem neste País, é a suprema falta de carácter daqueles que, mesmo com os factos pendurados à fente do nariz, ousam fazer de nós, uns imbecis.
Não me revejo neste tipo de líderes políticos e sobretudo governamentais. Só lamento aquilo que para eles contribuo sem, manifestamente nada poder fazer em contrário.
Ás vezes…
maldita democracia!
Apre!!
um abraço
inquieto
E eu…
Que até só tirei o ”inglês técnico” em Papel Marché (romêrô)
Atiro com o meu “francês técnico”, outro dos dialectos oficiais desta
“Velha Europa” do fausto bordalo queres fiado dias…toma:
-NE ME LIXEZ PAS!!!- esta frase enigmática é da commtesse Lídia Franco in Casino Royalle.
Grande obra!!!
O grego ficou na História
Este…sei lá…