Muitas vezes, somos hipnotizados pelos sorriso fácil, pelas importâncias sociais, que se dão ou não, por falsas aparências. Inebriamo-nos com o (aparentemente) muito que alguns dão, mas esquecemo-nos de que esse muito, tal como o (aparentemente) pouco de outros, é relativo. A diferença está no que nos sobra ou no que nos falta para vivermos melhor. É mais ou menos esta a mensagem de hoje, pelas igrejas do mundo. Um convite à dádiva do que de melhor temos, de mais precioso temos, do que mais falta nos faz, sacrificando-o, isto é, tornando-o sagrado. O tempo, por exemplo, de que somos reféns, pode ser uma boa oferta. Porque será, por certo, tão bom ou tão mau como o que com ele fizermos.
Naquele tempo, Jesus ensinava a multidão, dizendo: «Acautelai-vos dos escribas, que gostam de exibir longas vestes, de receber cumprimentos nas praças, de ocupar os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes. Devoram as casas das viúvas com pretexto de fazerem longas rezas. Estes receberão uma sentença mais severa». Jesus sentou-Se em frente da arca do tesouro a observar como a multidão deitava o dinheiro na caixa. Muitos ricos deitavam quantias avultadas. Veio uma pobre viúva e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante. Jesus chamou os discípulos e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Esta pobre viúva deitou na caixa mais do que todos os outros. Eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver».
(Mc 12, 38-44)