Ser-se pai (e mãe) é, só por si, um certo acto de magia. A magia de gerar uma vida, de a alimentar e fazer crescer, de lhe dar a independência, de fazer com que, um dia mais tarde, daí surjam novas vidas. Contudo, nos dias que correm, a magia dos pais vai um pouco mais longe. Quando os tempos que correm nos colocam extremas dificuldades praticamente diárias, uma das poucas certezas que temos é a de que, aconteça o que acontecer, os pais estarão sempre ali para nos ampararem, para voltarem a pegar em nós e a pôr-nos de pé, prontos para voltarmos a andar, até à próxima queda. Os pais têm esta magia, de nos conseguirem dizer (e ajudar a provar), com toda a calma, que tudo se resolve, uma capacidade fantástica de irem buscar, serenamente, soluções para os problemas que mais complicados nos parecem.