Às vezes surgem notícias destas, que nos reduzem ao silêncio. Se há um acidente com um autocarro no Peru, ou descarrila um comboio na Índia, talvez não nos diga tanto. Mas um avião da «Air France» que desaparece entre o Brasil e Cabo Verde, quando se dirigia para Paris, vindo do Rio de Janeiro, isso deixa-nos a pensar. Um «Airbus A330», um aparelho grande, no meio da turbulência, desapareceu dos radares, deixou de dar sinais após passar por uma zona conhecida por ser complicada. Mais de 200 pessoas deixam, assim, de existir, sem nós sabermos muito bem como, nem porquê, sem se perceber. Sem um «SOS», sem uma informação, um aparelho praticamente novo, nas mãos de gente experiente. Sem se perceber. Em pleno Atlântico, 228 pessoas fizeram o seu último voo. E, também em sentido literal, desapareceram.
Enfim…
No final das contas é isto que somos, uma brisa passageira.
Todos os dias desaparecem pessoas das nossas vidas, do mundo. Talvez o dia do próprio desaparecimento seja, para muitos um alívio… para deixar de sentir esta sensação de impotência que tantas vezes atormenta o ser humano.
Realmente somos insignificantes neste mundo. Pensamos que podemos tudo, mas na realidade não é assim. E, se calhar, é bom que assim seja.
Que a infinidade dos céus os acolha, assim como a todos aqueles que já nos deixaram e que tanta falta nos fazem.
Fica bem
Sabes, como dizias o avião era tão grande … à nossa escala é de facto enorme,… mas à escala do planeta e da natureza é uma cabeça de alfinete, … nestas situações vemos a vulnerabilidade do nosso ser, conhecimento e da nossa pequenina máquina.