6 de Maio de 2009 – O copo meio cheio/meio vazio/meio entornado

copoA metáfora que melhor caracteriza a política é a do copo, que para uns está meio cheio, para outros meio vazio. Em qualquer dos casos, a luta será sempre pela prevalência do ponto de vista próprio, recorrendo a toda a argumentação possível (e às vezes imaginária), ficando de parte, muito frequentemente, o bem comum, que é o que, afinal de contas, mais interessa (ou deveria interessar). Exemplo disto, ou até mesmo do «copo entornado», é a recente picardia que envolve Paulo Rangel, Basílio Horta e Manuel Pinho. Rangel, enquanto candidato a deputado europeu, levantou a questão dos programas internacionais de estágio/emprego, que, todos sabemos, não constituem uma janela de oportunidade tão vasta como deveriam. Logo Basílio Horta saiu temporariamente das suas funções institucionais, para se envolver em assuntos de campanha eleitoral, avançando com os termos «ignorância» e «arrogância». Como se não bastasse, Manuel Pinho, no seu estilo peculiar, não tardou a intervir, dizendo que Paulo Rangel «tem de comer muita papa Maizena para chegar aos calcanhares de Basílio Horta», utilizando o termo «Maizena» em vez de «Cerelac». Com tudo isto, fica complicado saber-se se o copo está meio cheio, meio vazio ou meio entornado. É melhor, se calhar, falarmos em «cereja em cima do bolo».

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