O dia começou antes mesmo de ser dia. Ia e vinha aquele nervoso miudinho, habitual, que antecede o levantar voo. Pensamos sempre que há muita coisa a tratar, e algum caminho a percorrer até sentirmos a pressão do ar a tentar esmagar-nos, enquanto levantamos voo. Mas, mal nos lembramos disso, já tudo passou, e já se voa em velocidade de cruzeiro. Pouco após o amanhecer, Eindhoven surgia na pequena janela, que à distância de dois lugares ainda ficou mais pequena. De longe, de resto como de perto, a Holanda parece uma imensa planície. Não se vê ainda o bulício das bicicletas, calma. Está frio, apesar do sol. Os rituais são conhecidos, mas há muita coisa nova. Arriscamos o autocarro. O centro da cidade. O hotel, por fim. Vamos à descoberta. Eindhoven é acolhedora, e convida a ser descoberta a pé. Ou de bicicleta (agora sim, vemos um mar imenso delas). Sabe bem uma esplanada, aquecida, quando o sol se esquiva a cumprir o seu papel. Tentamos ver o jogo entre o PSV e o NAC, no Philips Stadium. É caro. Desistimos. Regressamos. Há gente, por aí, a falar português. Estamos em todo o mundo. Pequeno passeio. Descanso. Preparativos para amanhã. Um jantar de descoberta, regado a vinho francês. O Real Madrid perde com o Barça na televisão. Vemos que os holandeses não gostam muito do Ronaldo. Percebe-se. Urge dormir. O tempo não pára, e amanhã é dia de ir a Amesterdão.