12 de Abril de 2012 – Bombeiros Voluntários de Arouca, 35 anos

A fotografia já tem alguns anos, mas não é isso que importa. Antes e depois desta fotografia, houve muita coisa que não mudou. Mudou o espaço do quartel, para melhor. Mudou a operacionalidade, também para melhor, com mais equipamento e viaturas. Mudou o comando, ainda que o professor Carlos Esteves se mantenha ligado à corporação. Mas não mudou a coragem, a disponibilidade, o espírito de serviço a uma comunidade que nem sempre o agradece nem o reconhece. «Vida por vida», é o lema dos bombeiros. Os primeiros a quem recorremos (e os primeiros a chegar) quando precisamos de apoio na doença, quando o fogo teima em consumir a floresta, quando nos deparamos com uma situação de emergência. Abdicam de tudo, até de si mesmos, para o fazerem. Em Arouca, há 35 anos. Mas a história começa antes disso, há cerca de 50 anos, quando um violento incêndio despertou nos arouquenses a necessidade de, com espírito simultaneamente empreendedor e voluntário, constituírem um corpo de bombeiros com a preparação e o equipamento mínimos para poder fazer face às necessidades de um concelho enorme, onde era necessário apoiar a doença e a emergência, e onde era difícil preservar um vasto espaço florestal. Em 1977, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arouca foi oficializada, numa prova de que os arouquenses, quando querem, conseguem fazer as coisas. O quartel passou a funcionar no terreno onde hoje está a central de camionagem, até que, há 21 anos, em 1991, começa a desenhar-se o actual quartel. Inicia-se, então, um novo ciclo de vida da corporação, num espaço sempre aberto à comunidade, onde se vêm promovendo vários eventos, muitos deles marcantes no panorama cultural arouquense. Mas é de homens e mulheres que esta história é feita. Homens e mulheres que, todos os dias, vão dando tudo de si em favor dos outros. Ao longo de 35 anos, muita gente passou, ficou, foi e voltou. Mas as coisas são mesmo assim. De qualquer modo, é uma idade que não se festeja de ânimo leve. E que é justo que se assinale, com letras grandes.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *