Em plena Avenida dos Aliados, fica o café «Guarany». Existe desde 1933, e foi recuperado há cerca de 10 anos, com o bom gosto que caracteriza o proprietário do famoso «Majestic», que, soube em 2001, numa entrevista que fizemos para uma reportagem, tem ligações a Arouca. Agostinho Barrias fez com o «Guarany» o que já havia feito com o «Majestic». Devolveu-o à vida, com bom gosto, recuperando o melhor da arquitectura e da decoração de interior do espaço, e complementando a decoração com obras de artistas consagrados, no caso Graça Morais. O nome evoca a tribo que ocupou parte substancial do Brasil (Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul), e outros países da América do Sul, durante o século XVII, vivendo de forma pacífica e socialmente muito bem organizada. José de Alencar, escritor brasileiro, romântico, elegeu «Guarany» para o título de um romance. Carlos Gomes compôs uma ópera com o mesmo título, que chegou mesmo a ser representada no «La Scala» de Milão. Tudo isto é história. Como o momento em que a porta se abre, a mesa se ocupa, o olhar se espalha em redor, e pára em frente. E começa a ouvir-se um piano ao longe.