Este é o retrato de um defensor dos trabalhadores portugueses. De um homem que não descansa na luta contra o desemprego e a precariedade. De um homem que luta pelos interesses da classe operária. Este é o retrato de João Proença, líder da União Geral dos Trabalhadores (UGT). Este trabalhador incansável pela defesa do outro, foi em missão para Moçambique, em representação dos mais elevados e altruístas valores, viajando em executiva e ficando instalado, comodamente, no Hotel Polana (o mais luxuoso de Maputo), onde passou a tarde na piscina, em trabalho, como se pode ver, na companhia do seu cubano (afinal o homem ainda é de esquerda). A luta continuou por cá, com a perspectiva de greves gerais. Mas abaixo da linha do Equador, nada fica na mesma. Este retrato, na mesma semana em que se sabe que a ausência dos professores, que são dirigentes sindicais, dos seus postos de trabalho (destacados para os sindicatos) custará ao Estado cerca de 9 milhões de euros, dão pano para mangas em dimensão suficiente para pensarmos para que é que isto serve.