Três notícias, em três países, esboçam o retrato destes tempos. Barack Obama está a fazer tudo para relançar a economia dos Estados Unidos, com um projecto legislativo que permita mais emprego confortável à classe média. Em Espanha, cerca de 160 mil cidadãos, considerados «ricos por auferirem rendimentos a partir dos 700 mil euros anuais, vão ter a carga fiscal mais pesada, com um «imposto para ricos». Por cá, o bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, afirmou ter vergonha de Portugal, porque se os mais «pequenos» não têm lugar à «mesa comum», os poderosos são «cúmplices». Três riscos na actualidade, sobre os quais vale a pena reflectir.
«O primeiro problema para as pessoas que eu encontro é como voltar ao trabalho, empregos criados para a classe média que paguem bem e ofereçam alguma segurança».
(Barack Obama, sobre o seu projecto legislativo para relançamento do emprego)
«[O decreto-lei] refere também que é essencial a aplicação do princípio de equidade para que haja uma maior contribuição para a saída da crise por parte de quem tem maior capacidade económica».(Agência Lusa, sobre a «lei dos ricos» espanhola)
«Se nos dizemos Igreja, servidores do mundo, devemos sentir-nos cúmplices e não devo dormir descansado perante toda esta multidão de pessoas que já foram desapossadas da sua dignidade, do respeito por elas próprias e a quem as promessas vão no pior sentido».(D. Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas, à «TSF»)